Por: Hailton Andrade. Fonte e
fotos: IBahia.
Salvador, BA (da redação Itinerante
do Esporte Comunitário)
Catuense tem mandado os jogos no estádio Antônio Carneiro, em Alagoinhas
Neto de Antônio Pena, um dos fundadores do clube, Roberto Pena fala sobre como é cuidar da tradicional Catuca tão jovem
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Um dos principais celeiros de
craques do futebol da Bahia nos anos 80 e 90, a Catuense faz campanha
surpreendente na divisão de acesso do campeonato estadual em 2013. Após cinco
anos longe do futebol profissional, o clube se organizou de última hora para fazer
bonito e voltar à elite. Presidente do clube, Roberto Pena tem apenas 19 anos e
segue os passos do avô Antônio Pena, um dos fundadores da agremiação.
"Foi um projeto inesperado.
A gente estava trabalhando só com a base, mas aí recebemos o convite do presidente
Ednaldo Rodrigues (Federação Bahiana de Futebol). Chamamos o técnico Sérgio
Odilon, que a gente conhecia e alguns jogadores mais antigos que tem amor pela
camisa da Catuense. Alguns passaram pela base do clube, outros estavam na nossa
base e o Sérgio trouxe outros que ele conhecia", explicou o cartola, que
desde cedo acompanha a Catuense e chegou a ser treinador de alguns times das
categorias infantil e juvenil.
Roberto Pena, à esquerda, e o prefeito de Catu, Gera |
Com 13 pontos, a Catuense lidera
o Grupo A da divisão de acesso do Campeonato Baiano e espera apenas o fim da
primeira fase para saber se continuará na luta pela subida. Tudo indica que
sim, mas a matemática não permite adiantar que o time está classificado para
fase semifinal. Como a Catuense já realizou todas as oito partidas, precisa
aguardar os resultados de jogos que acontecem neste sábado para saber o futuro.
Isso porque Ypiranga e Galícia medem forças em Feira de Santana e o Camaçari
ainda pega o Ipitanga no Antônio Carneiro.
As contas são as seguintes: a
eliminação da Catuense só acontece se Ypiranga (11 pontos) ou Galícia (10
pontos) vencerem, mas o Demolidor de Campeões precisaria ganhar por dois gols
de diferença para assumir a liderança. Além disso, seria necessário que o Camaçari
vencesse o Ipitanga de goleada, já que a equipe do Pólo tem dez pontos, mas um
saldo de gols de menos cinco. A Catuca tem saldo de um gol.
O jovem Roberto Pena admite que a
boa campanha não era esperada, uma vez que o planejamento foi feito às pressas.
"Rapaz, eu não acreditava. Mas como a gente foi percebendo pelos
treinamentos e amistosos, houve uma melhora e a gente viu que era um time que
dava para competir", contou, garantindo que o clube está em dia com seus
compromissos. "Está sim. Salários em dia, gratificação depois dos jogos,
bicho... Temos nossos parceiros e tudo tem caminhado bem. Nosso primeiro passo
é subir, arrumar nosso CT, nosso ônibus, dar uma estrutura melhor ao clube,
como era antigamente. Se Deus quiser o time vai subir", projeta Pena.
Presidente da Catuense na
atualidade, Roberto Pena acompanha o clube desde criança aparece todo de branco
com o time em foto
Capacidade - Responsável por
gerir o clube fundado pelo avô e que já teve sua mãe como presidente, Roberto
Pena assumiu o comando no final do ano passado e, na humildade, mostra desejo
em aprender. "Comecei na escolinha da Catuense, trabalhei no infantil, no
juvenil e subi para o profissional. É uma coisa inexplicável a sensação, mas me
sinto capaz para botar o time para subir. Não tenho muita experiência, mas
busco conhecimento com minha família".
Revelações - Da Catuense saíram
vários atletas que brilharam no Bahia e outros grandes clubes do futebol
brasileiro nos anos 80 e 90, como Bobô, Vandick, Naldinho, Zanata e Luiz Henrique.
Perguntado quais as promessas da Catuca que podem brilhar no futuro, Roberto
Pena citou o lateral-esquerdo Danilo, o zagueiro e lateral Alex e os atacantes
Diego e Uéslei. Todos formados na base do clube.
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