Fonte:
Futebol Interior. Quarta-feira, 20/06, às 07/50
Postado por:
Jorge Luiz da Silva. Fotos: Terra
Serrinha, BA
(da redação Itinerante do Esporte Comunitário)
No jogo mais emocionante da Copa das Confederações até agora, a Itália virou para cima do Japão nesta quarta-feira, venceu por 4 a 3 e saiu de campo com a classificação para as semifinais. Foto: Marcelo Pereira / Terra
Jogadores das duas equipes mostraram espírito esportivo e se cumprimentaram depois da partida na Arena Pernambuco. Foto: Marcelo Pereira / Terra
Com o
resultado, a Seleção Italiano carimbou a vaga para às semifinais, junto com o
Brasil
Em um grande
jogo disputado na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata (região
metropolitana do Recife), a Itália sofreu diante do surpreendente Japão nesta
quarta-feira, mas arrancou uma suada vitória pelo amplo placar de 4 a 3, pela
segunda rodada do Grupo A da Copa das Confederações. Com um gol contra e outro
de pênalti, o time europeu venceu de virada, após levar 2 a 0 no primeiro
tempo, e garantiu a classificação antecipada para a semifinal.
O resultado
do melhor jogo da competição até agora assegurou também a classificação do Brasil
à próxima fase. Mais cedo, a seleção de Luiz Felipe Scolari havia superado o
México por 2 a 0, em Fortaleza. Com as duas vitórias desta quarta, brasileiros
e italianos chegaram aos seis pontos na tabela de classificação e não podem
mais ser alcançados por Japão e México, já eliminados.
Pela
definição atual da chave, o Brasil segue na primeira colocação, por levar
vantagem no saldo de gols (5 a 2). Desta forma, joga por um empate contra a
própria Itália na próxima rodada, no sábado, às 16 horas, na Arena Fonte Nova,
em Salvador, para assegurar a primeira posição, o que poderá evitar um eventual
confronto contra a Espanha na semifinal.
Jogadores do Japão comemoram o primeiro gol marcado contra a Itália. Foto: Marcelo Pereira / Terra
Jogadores japoneses lamentam o gol sofrido já no final da partida. Foto: Marcelo Pereira / Terra
Enquanto
brasileiros e italianos jogam na Bahia, mexicanos e japoneses vão se enfrentar
no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, no mesmo sábado e no mesmo horário,
apenas para cumprir tabela.
Samurais na
frente!
A Itália
esteve longe de repetir nesta quarta o desempenho consistente apresentado
contra o México na estreia. Mérito da postura surpreendente do Japão, que
adiantou a marcação no início e fez pressão sobre o gol de Buffon. O placar
quase foi aberto logo aos 5 minutos, quando Maeda cabeceou com perigo na
pequena área. O goleiro caiu firme para fazer a defesa. Aos 17, Buffon voltou a
ser decisivo ao espalmar finalização de Kagawa.
Mas, em
apenas dois minutos, o goleiro se tornou o vilão da equipe no primeiro tempo. A
exemplo da falha do zagueiro Barzagli, responsável pelo pênalti que gerou o gol
do México na estreia, Buffon fez falta boba dentro da área ao tentar consertar
uma péssima recuada de De Sciglio. Honda converteu a penalidade aos 21.
O gol
esfriou o time italiano, que dava os seus primeiros sinais de reação na
partida. Preocupado, o técnico Cesare Prandelli resolveu antecipar a primeira
mudança na equipe. Trocou Aquilani por Giovinco, no meio de campo, aos 29
minutos. Mas demorou para ver os resultados da alteração.
Enquanto a
Itália tentava se acertar em campo, o Japão corria para o ataque. E chegou ao
segundo gol em mais uma falha da defesa rival. Chiellini furou ao tentar
cabeçada na área e a bola sobrou para Kagawa. O craque do time girou rápido e
bateu no canto, aos 32 minutos. A torcida pernambucana já gritava
"olé" em favor dos japoneses.
Foi só
depois de levar o segundo gol que os italianos entraram no jogo. Os europeus
passaram a valorizar a posse de bola no meio de campo e ameaçavam a defesa
japonesa em lances pontuais. O gol acabou surgindo em lance de bola parada. Aos
40 minutos, Pirlo cobrou escanteio na área e De Rossi acertou a cabeça.
Mais
motivada, a Itália esteve perto de buscar o empate antes do intervalo. Diante
da assustada defesa japonesa, a equipe cresceu nos minutos finais. E, aos 46
minutos, carimbou a trave esquerda do goleiro Kawashima em chute rasteiro de
Giaccherini.
Que virada!
Nem o
intervalo e nem a chuva abateram o ímpeto italiano. Na volta para o segundo
tempo, o Japão até tentou repetir o ritmo do início da partida, mas acabou indo
do céu ao inferno em apenas sete minutos. Aos 4, Giaccherini avançou pela
esquerda, entrou na área e cruzou rasteiro na área. Uchida se antecipou a
Balotelli e mandou contra as próprias redes.
Na
sequência, o árbitro anotou pênalti questionável em favor da Itália quando
Giovinco deu chute despretensioso e a bola desviou de forma não intencional na
mão de Hasebe. Balotelli foi para a cobrança e cravou a virada no placar: 3 a
2.
Mas a
reviravolta na partida não desanimou o Japão. Apoiados pela torcida, os
asiáticos devolveram a igualdade no marcador aos 23 minutos. Endo cobrou falta
na área e Okazaki surgiu na primeira trave para vencer Buffon de cabeça.
Cada vez
mais embalados, os japoneses incendiaram os últimos minutos da partida. Diante
da empolgação das arquibancadas, o Japão passou a trocar passes no meio de
campo, colocando os italianos na roda. Aos 36 minutos, acertaram a trave e o
travessão na mesma jogada. A Itália aceitava a pressão declarada do rival para
reagir em contra-ataque.
O bote veio
aos 40 minutos em investida fatal de Marchisio pela direita. Pegando a zaga
japonesa de surpresa, ele entrou na área e cruzou rasteiro para Giovinco só
empurrar para as redes. O Japão ainda tentava reagir na base do desespero e,
após carimbar o travessão novamente, mandou para o gol aos 42. Mas o árbitro
anulou o lance ao marcar impedimento de Yoshida, acabando com as chances de
classificação do time asiático.
Itália 4x3
Japão
Gols: De
Rossi (41 ', cabeça), Uchida (50', contra), Balotelli (52', pênalti), Giovinco (86'), Itália; Honda (21', pênalti),
Kagawa (33') Okazaki (69', cabeça), Japão.
Local: Arena
Pernambuco. 19/06 - 19h00
Itália: Buffon;
Maggio (Abate), Barzagli, Chiellini e De Sciglio; De Rossi, Pirlo, Montolivo,
Aquilani (Giovinco) e Giaccherini (Marchisio); Balotelli. Técnico: Cesare
Prandelli.
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