Por: Jaciel Correia.
Após treze jogos, disputados em sete rodadas no
período de cinquenta dias, a edição da Copa Máster deste ano encerrou com
grande estilo. Trata-se, portanto, um evento esportivo que valoriza o bom
futebol exibido por atletas que de idade um pouco mais avançada, mas que tem o
futebol como lazer, uma vez que as competições esportivas estão sendo
esquecidas pelos governantes de nossa região.
Edição: Jorge Luiz da Silva
Fotos: euclidesdacunha.com
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
Na manhã deste domingo, 20, um
bom público que compareceu ao estádio municipal de Euclides da Cunha viu o Bavi
- time de Euclides da Cunha – perder, diante da sua torcida, o título da Copa
Máster de Futebol Regional 2013.
Por cerca de 7 minutos, o título
de campeão esteve ‘nas mãos’ do Bavi, mediante a abertura do placar, no
primeiro tempo. Mas, o time do Tucano reagiu, empatou a partida e tomou a taça
nos pênaltis.
O sol já estava esquentando
quando o jogo entre Bavi e Tucano iniciou, por volta das 9h50, e o Bavi demorou
a se achar no gramado, no primeiro tempo, pois perdia muitas bolas no meio do
campo e ainda permitiu o time do Tucano ser mais ofensivo durante os primeiros
vinte minutos, principalmente quando o adversário avançava pela direita.
Passados cerca de vinte e cinco
minutos da primeira etapa, o Bavi (jogando com o uniforme amarelo) começou a
acertar os passes e conseguiu equilibrar a partida, seu atacante chutou uma
bola que acetou a trave – mas não entrou - e aos poucos passou a pressionar o
adversário, inclusive, em um lance dentro grande área, o centroavante Atayde
fez um ótimo chute em direção ao gol e obrigou o goleiro do Tucano (jogando com
o uniforme verde) a fazer uma grande defesa.
Antes disso, houve uma
substituição praticamente forçada na equipe do Bavi; saiu machucado do campo o
meio-de-campo Paulo da Comac e entrou Bebê na mesma posição. O time do Tucano
também fez uma troca na primeira etapa.
Com trinta minutos de bola
rolando o Bavi já conseguia ir mais ao ataque e com um aproveitamento melhor
nas finalizações, pois a pressão no meio de campo sobre o Tucano manteve a
defesa mais tranquila. Mas o placar permanecia 0x0.
A tática de pressionar o
adversário deu certo, pois aos trinta e sete minutos, Atayde aproveitou o
lançamento e, dentro a grande área, ‘matou’ a bola, livrou-se da marcação e
encheu o pé com um chute cruzado em direção ao gol. O goleiro Adílio (Tucano)
ainda tocou na bola, mas não foi bastante para evitar que ela fosse parar no
fundo da rede, lentamente... Gol de Atayde, muito comemorado pelos torcedores
presentes, aliás, muitos deles acompanharam o jogo de dentro da sala de
imprensa, já que o tempo estava aberto e sol predominava com muita intensidade.
Perto do final do primeiro tempo,
o jogo já era considerado bom para a equipe de Euclides da Cunha, que ia para o
segundo tempo com uma pequena vantagem no placar, e, assim foi. Porém, antes do
terminar o primeiro tempo, uma atitude antidesportiva de um atleta do Tucano
deixou a partida com o clima tenso, pois o atleta Carlinhos, não concordou o
lance faltoso feito pelo jogador Barretos (Bavi) e o agrediu com um chute. Houve
um princípio de confusão, mas, ligeiramente, o árbitro tomou a frente da
situação, deu cartão vermelho aos dois atletas expulsando-os de campo.
Resolvido o desentendimento, o
árbitro encerrou a partida, instantes depois das expulsões. Nesse caso, o time
do Tucano estava com o prejuízo maior, pois além de ter perdido seu atacante,
estava perdendo por 1x0. Já o Bavi foi para o vestiário menos preocupado, pois,
além do abrir placar a favor, o time mostrou-se equilibrado em boa parte do
primeiro tempo, embora tenha perdido um jogador fundamental para os quarenta
minutos restantes; seu zagueiro.
Bastava ao time do Bavi segurar
ou ampliar o placar para conquistar o titulo de campeão, mas aos quatro minutos
do segundo tempo, o zagueiro do time euclidense não conseguiu ‘cortar’
certeiramente com o pé o lançamento que entrou na área e a bola resvalou na
mão. Imperdoavelmente o árbitro marcou o pênalti a favor do Tucano, que foi
cobrando e convertido pelo jogador conhecido como Guega. O goleiro Junior
(Bavi) ainda caiu no canto certo do gol, mas não alcançou a bola.
Vantagem de placar os dois times
começaram a jogar mais no contra-ataque, e o sistema ‘troca-troca’ permitiu que
o jogo ficasse ‘lá e cá’, já que nas substituições o sistema permite que o
atleta retorne a campo depois de descansar um pouco. Além disso, com um jogador
a menos em cada time sobrou mais espaço em campo.
Mais velocidade para ambos as
equipes; mais lances de faltas também, e com isso, três cartões foram aplicados
pelo árbitro serviram como advertências aos jogadores faltosos e nervosos,
sendo dois cartões para os atletas do Tucano (Silvano e Elson Nilo) e um para o
jogador Raimundinho – que perdeu mais chances de fazer o gol que daria o título
-, do Bavi.
O jogador José Oliveira, do time
do Tucano, foi expulso de campo quando o tempo da segunda etapa ainda estava
praticamente na metade, após agredir fisicamente o atacante Raimundinho, do
time de Euclides.
Porém, a expulsão fez pouca
diferença para os times; o Bavi não soube aproveitar a chance numérica de
atletas, nem o restante do tempo para construir um placar que evitasse a
decisão nos pênaltis, e o Tucano conseguiu segurar o placar, e nada a mais.
Com isso, o placar de 1x1 se
manteve até o final da partida, mesmo com o time de Euclides tentando várias
vezes voltar à frente do marcador, pois o ataque do Bavi perdeu pelo menos
quatro boas chances de marcar mais um gol, sendo duas chances perdidas ‘cara a
cara’ com o gol.
Sem a eficiência do ataque das
equipes, principalmente do Bavi, o jogo acabou mesmo no empate e a decisão foi
para a disputa de pênaltis.
Tucano iniciou a série de cinco
cobranças de pênaltis e converteu o primeiro chute que foi dado pelo jogador
Denis. Na sequência, Betão converteu a favor do Bavi deixou tudo igual, mais uma
vez.
Os jogadores Celso (Tucano) e
Pompom (Bavi) erraram as cobranças de pênaltis, na mesma sequência; mérito dos
goleiros que defenderam as cobranças. Mais uma vez tudo continuava empatado.
O jogador Guega (que já havia
marcado um gol de pênalti a favor do Tucano, no início do segundo tempo)
colocou seu time a frente do placar convertendo sua cobrança, inclusive,
‘descolocou’ o goleiro Junior, pois o goleiro Adílio defendeu com categoria o
chute de Raimundinho (Euclides da Cunha).
Com vantagem no placar, o atleta
Regi marcou mais um pênalti. Com isso a ‘bola da vez’ ficou sob a
responsabilidade de Zé Nilson. Se marcasse, daria mais uma chance ao Bavi, caso
contrário o título de campeão já seria de Tucano sem a necessidade da última
rodada de cobranças.
Não teve outra, Zé Nilson chutou,
mas a bola passou pelo lado de fora da trave esquerda do goleiro Adílio que
estava totalmente descolocado do chute.
Desperdiçado o pênalti; a chance
de uma oportunidade, o título de Campeão da Copa Máster de Futebol Regional
2013 ‘caiu como uma luva’ nas mãos da equipe do Tucano.
Com um pequeno número de
torcedores presentes no estádio, jogadores tucanenses comemoraram a conquista.
Já a torcida de Euclides da Cunha se retirou do estádio assim que saiu decisão
do título de 2013, e nem esperou pela entrega dos troféus, que aconteceu logo
em seguida.
O troféu de Campeão da Copa
Máster de Futebol Regional 2013 foi entregue por Zé do Lote ao capitão do
Tucano, o goleiro Adílio. Betão recebeu de Delson Matias o troféu que confere
ao Bavi o vice-campeonato. Também foram premiados o artilheiro da competição:
Raimundinho, que recebeu o troféu das mão do capitão da Polícia Militar que deu
segurança durante a competição; e o melhor goleiro: Tinho, menos vazado e
defendeu o time FJ - Força Jovem, de Euclides da Cunha, que recebeu seu prêmio
das mão do engenheiro Marcos Adriano.
Após a entrega da premiação, os
técnicos e alguns jogadores envolvidos no campeonato fizeram ressalvas das
conquistas, principalmente das dificuldades e superações, mas todos lamentaram
a falta de apoio do poder público para auxiliar os times, seja por parte de
transporte ou da indisponibilidade de espaços para treinos, já que os jogadores
participaram da competição por gostar de futebol, pois não são profissionais.
Os jogadores do time do Bavi que
fizeram parte do início do jogo foram: Junior, Cézar, Barretos, Zé Nilson,
Betão, Raimundinho, Paulo da Comac, Pedrinho, Pompom, Atayde, Vagner. O banco
de reservas a disposição do técnico Clêuton era composto por: Xibiu, Bebê,
Geovane, Wilson Vitor, Gaúcho, Totinha e Zé Pão.
O time do Tucano entrou em campo
com os atletas: Atílio, Celso, Regi, Carlinhos, Maurício, Elson Nilo, Rubinho,
Pita, Luci, Silvano e Denis, além dos reservas: Josean, Odilon, Nilson, José
Oliveira, Vadson, Marcelo, Lú, João do Cajueiro e Cido.
A boa arbitragem ficou por conta
do quijinguense Clécio de Carvalho Pereira e dos assistentes David da Silva e
José Nilson, além dos auxiliares Jacalafite e Bruno Cacau Show.
O jogo foi narrado em aparelho de
som local pelo radialista Ricardo de Souza e teve reportagem de Nelson Santana.
Trabalharam para produzir esta
reportagem os repórteres José Dilson e Jaciel Correia, do site
euclidesdacunha.com, único veículo de comunicação da região a cobrir este
evento esportivo, e que acompanhou com exclusividade todo o campeonato.
Da competição
A competição foi uma promoção da
Liga Desportiva Euclidense, tendo como presidente Albertinho Abreu que reuniu
jogadores veteranos das cidades de Monte Santo, Quijingue, Canudos e Tucano,
além de Euclides da Cunha.
Iniciada no primeiro dia do mês
de novembro, o campeonato envolveu oito times, sendo três de Euclides da Cunha
(Independente, BAVI, FJ) e os outros cinco das demais cidades vizinhas.
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