Por: Miro Palma. Fonte: Ibahia
Fotos: sporteclubebahia.com.br / ecbahia.com
Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação Itinerante do Esporte Comunitário)
Se Fernandão não está em um dia
inspirado, dificilmente o Esquadrão consegue balançar as redes adversárias
Foram 20 finalizações durante 90
minutos de jogo, fora os acréscimos. Dessas, 12 nem passaram perto da meta de
Rogério Ceni. Gol? Nem pensar. A derrota do Bahia diante do São Paulo
evidenciou bem a falta de qualidade do elenco azul, vermelho e branco. Se
Fernandão não está em um dia inspirado, dificilmente o Esquadrão consegue
balançar as redes adversárias.
O centroavante, por sinal, foi
responsável por 41,9% dos gols do time na Série A. Aliada à péssima pontaria da equipe, está
também a inexperiência de boa parte dos jogadores. Mesmo com dois a mais em
campo, o Bahia viu Ganso segurar a bola e sofrer inúmeras faltas.
Enquanto isso, o sistema ofensivo
teimava em fazer jogadas aéreas ao invés de colocar a bola no chão e trocar
passes para cansar o rival. No Bahia atual, todo mundo corre, mas ninguém para
pra pensar.
O placar de 1x0 na Fonte Nova
deixou o tricolor mais perto da zona de rebaixamento para a Série B, no 16º
lugar. Com o empate do Vasco diante do Botafogo, a distância para a degola caiu
para apenas três pontos. E o futuro não é muito animador. A falta de peças de
reposição, certamente, fará a diferença na reta final do Campeonato Brasileiro.
Fernandão, por exemplo, está
suspenso para o próximo jogo. Souza, que entrou nos últimos três jogos, também
não poderá encarar o Atlético Paranaense pelo mesmo motivo. Obina, esquecido
desde o Ba-Vi da Fonte Nova, deverá ter mais uma oportunidade. Se ele tivesse
entrado contra o São Paulo mudaria a história da partida? Provavelmente, não.
Cristóvão Borges, ciente das
limitações do grupo, apenas tenta amenizar a situação. A ideia do treinador é
evitar que a crise chegue de vez e abale o psicológico da equipe. Por isso, não
vencer na próxima rodada pode significar um verdadeiro desastre. “Não podemos
deixar isso passar. Temos consciência daquilo que precisamos”, disse o
treinador.
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