Por: Ivan Dias Marques. Fonte:
Correio 24horas
Imagens: bbmp.com.br
/ correio24horas.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
O pior do Bahia não é empatar
jogos desse tipo ou perder outros da mesma forma.
A grande questão é que o time
não dá esperanças ao seu torcedor
O torcedor do Bahia não pode
reclamar de má sorte. A bola tricolor não entra por falta de competência, mas
os adversários teimam em ajudar o Esquadrão a se manter fora da zona de
rebaixamento. Domingo, mais uma vez, o time foi desalentador. Empatou com o
Atlético-PR jogando com um a mais em metade da partida e contra uma equipe que
veio sem cinco titulares.
O pior do Bahia não é empatar
jogos desse tipo ou perder outros da mesma forma. A grande questão é que o time
não dá esperanças ao seu torcedor. Não é incisivo, não pressiona o adversário,
não se impõe. Os tricolores não podem pedir ao Senhor do Bonfim para a bola
entrar porque até perto do gol é difícil ela chegar. Resta pedir para os outros
não ganharem. E fazer contas rodada após rodada.
Torcedor conhece bem a triste
rotina tricolor na Série A do Campeonato Brasileiro: 2011, 2012 e 2013 de
calculadora na mão, fazendo as contas para não cair. Só Oswald Souza salva!
Assim, a história dos dois
últimos anos se repete. A sete rodadas do fim, o Bahia luta novamente para não
cair. Luta pelo ‘troféu 16º lugar’. Ontem, os resultados ajudaram. O péssimo
empate até foi matematicamente bom: ganhou uma posição e abriu mais um ponto do
Z-4. “A distância aumentou e é a única coisa que é satisfatória, o resto não
serviu”, afirmou o técnico Cristóvão Borges.
Só que o clube ganhou mais um
adversário nessa briga inglória. A Ponte Preta, que parecia entregue, chegou
aos mesmos 33 pontos do Vasco e botou o pescoço fora da zona. Cristóvão, que
começa a ser questionado, sabe que a situação é complicada. “O campeonato está
chegando em sua reta final e precisamos sair dessa posição. Logicamente, estamos insatisfeitos, frustrados e tristes com a nossa
apresentação”, disse Cristóvão, reconhecendo a atuação ruim da equipe.
Mas não há tempo para lamentos.
Se não quiser depender exclusivamente do insucesso dos rivais, o Bahia precisa
se reencontrar. Apesar das limitações do elenco, o time teve boas
apresentações, contra Flamengo, no 1º turno, ou Botafogo, no 2º. “Essa reta
final tem uma exigência maior e temos que responder, buscar os resultados”,
acredita o técnico.
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