Fonte: Futebol
Interior.
Edição: Jorge Luiz da
Silva.
Salvador,
BA (da redação Itinerante do Esporte Comunitário)
Diante de uma seleção frágil, Seleção foi
dominante, mas perdeu chance de golear.
Felipão deu chance a sete reservas, mas não
deve ter se empolgado com o que viu nesta terça-feira, no Ninho de Pássaro, em
Pequim (China).
Lucas e Alexandre Pato foram figuras nulas em
campo, enquanto Diego Cavalieri, Lucas Leiva e Dedé tiveram pouco trabalho na
vitória por 2 a 0 sobre a Zâmbia.
O zagueiro deixou a marca dele, mas o grande
nome do jogo foi mais uma vez Neymar, exatamente quem não precisava provar nada
a Scolari.
Depois de um primeiro tempo fraco, a equipe só
melhorou com as entradas de Oscar, Jô e Hulk. Bernard, já nos minutos finais,
também honrou a oportunidade.
De
olho fechado, Pato cabeceia a bola. Foto: Mowa Press
A seleção brasileira ainda faz três amistosos
antes da convocação para a Copa do Mundo.
Em novembro, joga dia 16 em Miami (EUA) e dia 19
em Toronto (Canadá).
Os adversários desses jogos inicialmente serão
Honduras e Rússia, mas as duas equipes antes precisam confirmar a vaga na Copa,
o que são favoritas a fazer ainda nesta terça.
Caso tenham que jogar a repescagem, nas mesmas
datas, precisarão ser substituídas nos amistosos.
Depois, em março do ano que vem, em
Johannesburgo, o Brasil pega a África do Sul.
Ao fim do primeiro tempo,
Neymar discute com jogadores de Zâmbia.
Foto: Mowa Press
Querem jogar a Copa?
Pelos primeiros minutos de bola rolando na
Zâmbia a impressão era de que a seleção repetiria a boa atuação que teve contra
a Austrália, quando os reservas aproveitaram a chance que tiveram e golearam
por 6 a 0, em setembro, em Brasília.
Logo com 2 minutos, Neymar sofreu a primeira
falta.
Ele mesmo cobrou no ângulo, o goleiro foi com
a mão mole e a bola acertou o travessão.
Na segunda boa oportunidade, Pato foi travado,
Daniel Alves pegou o rebote e chutou por cima.
O corintiano voltou a ter chance numa
reposição errada de Mweene.
Pato tentou de cobertura, mas mandou para
longe.
Pior faria Ramires, que recebeu cara a cara
com o goleiro, depois de boa tabela com Neymar, mas pegou torto na bola, para
fora.
Ajoelhado, Dedé chora e vibra com primeiro gol pela seleção brasileira.
Foto: Mowa Press
A seleção, porém, sentia falta de duas peças:
um armador (Ramires e Paulinho se revezavam, sem o mesmo talento de Oscar) e um
atacante pela direita (Lucas, mesmo voluntarioso, agregava pouco).
Neymar jogava sozinho e, aos 43 minutos,
obrigou o goleiro de Zâmbia a trabalhar, num chute de longe.
Volta dos titulares e dos gols
Felipão reconheceu a atuação ruim e mudou o
ataque no intervalo.
Saíram Ramires, Lucas e Alexandre Pato para as
entradas de Oscar, Hulk e Jô.
Quem precisava mostrar serviço não mostrou.
Com a nova formação, o Brasil voltou a jogar
futebol eficiente.
Teve chance em falta de David Luiz e em chute
colocado de Daniel Alves, mas nas duas Mweene pegou.
O goleiro só não teve o que fazer quando Oscar
chutou de longe, a bola desviou no marcador e encobriu Mweene para abrir o
placar.
O zagueiro vibra com seu gol de cabeça. Foto: AP
O gol motivou a seleção, que manteve a
pressão. Oscar acertou a trave aos 14.
No minuto seguinte, Paulinho arriscou de longe
e assustou Mweene.
Mas o segundo gol veio da cabeça de Dedé.
Aos 20, após cobrança de falta de Neymar na
área, o zagueiro subiu sozinho para marcar pela primeira vez com a camisa do
Brasil.
Quando o jogo voltou a esfriar, Bernard entrou
com sua "alegria nas pernas" e passou a infernizar a zaga africana.
Foi o ex-atleticano, que parece garantido na
Copa, que criou boa chance para Oscar, mas o meia mandou em cima de Mweene.
Brasil 2x0 Zâmbia
Gols: Oscar (58') e Dedé (65'),
Local: Estádio Ninho do Pássaro, em Pequim
(CHN). Terça-feira, 15/10, às 08h45
Árbitro Central: Fan Qi (China)
Brasil: Diego Cavalieri; Daniel Alves, Dedé, David
Luiz (Henrique) e Maxwell; Lucas Leiva e Paulinho (Hernanes), Ramires (Oscar); Lucas
(Hulk), Neymar (Bernard) e Alexandre Pato (Jô). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
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