Fonte e
fotos: Futebol Interior
Postado por:
Jorge Luiz da Silva.
Salvador, BA
(da redação itinerante do Esporte Comunitário)
“Já revertemos uma vez e é possível fazermos
isso de novo, com o apoio da nossa torcida” e “temos mais times que eles e eu
acredito”. Essas foram as frases de Victor e Diego Tardelli na saída do gramado
do Defensores Del Chaco. O pensamento positivo constratava com a decepção de
todo o time do Atlético-MG, que perdeu para o Olímpia, por 2 a 0, na noite
desta quarta-feira, na primeira partida da final da Copa Libertadores. O
segundo gol paraguaio veio aos 48 minutos do segundo tempo.
Conforme
determinação da Conmebol, a partida de volta, marcada para a próxima
quarta-feira, não poderá ser realizada na Arena Independência, já que a
capacidade mínima de um estádio para receber uma decisão de Libertadores é de
40 mil torcedores. Por isso, o confronto será no Estádio Mineirão e a
expectativa é que mais de 50 mil pessoas torçam pelo Galo.
Para ficar
com o título inédito da Libertadores, o Atlético-MG terá que vencer por três ou
mais gols de diferença, já que a vitória por dois gols leva a decisão para os
pênaltis. Enquanto isso, o Olímpia se sagra campeão com uma derrota por até um
gol de diferença. Vale lembrar que na final não existe gol fora como critério de
desempate.
Galo começou
bem, mas vacilou
O Estádio
Defensores Del Chaco estava completamente lotado e a torcida do Olímpia fazia
uma bonita festa nas arquibancadas, mas o Atlético-MG balançou primeiro as
redes, aos seis minutos. Tardelli recebeu lançamento de Marcos Rocha e bateu
por cima de Martín Silva. O árbitro, porém, anulou o gol assinalando
impedimento do atacante. A resposta paraguaia veio logo depois. Ronaldinho
Gaúcho perdeu a bola e Aranda arriscou de longa distância. Salgueiro se esticou
todo e quase desviou de carrinho.
O Olímpia
abusava muito das faltas no início do jogo, principalmente para parar os
contra-ataques, tanto que Giménez e Miranda foram amarelados antes dos 20
minutos. No contra-ataque, o Galo esteve próximo de abrir o placar. Marcos
Rocha lançou Diego Tardelli, que ganhou na velocidade dos zagueiros e bateu na
rede pelo lado de fora. Quando o Atlético era melhor em campo, o time paraguaio
abriu o placar, aos 22.
Silva
carregou a bola sem marcação, passou por Réver e soltou a bomba. A finalização
ainda tocou na trave antes de entrar, sem chances para Victor. O Atlético
assustou depois da cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho, mas a bola tocou em
Mansur e saiu pela linha de fundo. Na hora de cobrar escanteio, R10 alertou a
arbitragem das pedras que estavam sendo jogadas pelos torcedores paraguaios em
sua direção.
As
principais jogadas ofensivas atleticanas era pelo lado direito. Marcos Rocha,
mais uma vez, lançou Diego Tardelli, que ia saindo na cara de Martín Silva.
Atento, o goleiro defendeu a bola nos pés do atacante. Nos minutoa finais, o
Olímpia teve duas boas chances de ampliar. Na primeira, Salgueiro passou fácil
por Richarlyson e bateu. A bola desviou em Réver e saiu raspando a trave de
Victor, já batido no lance. Depois, Bareiro aproveitou cobrança de falta e
cabeceou por cima.
Que
judiação!
Logo na
volta do intervalo, Luan passou para Diego Tardelli, que tirou do zagueiro com
o domínio, invadiu a área e bateu cruzado. A bola passou raspando a trave e por
muito pouco Ronaldinho Gaúcho não conseguiu completar. Apoiado pela torcida, o
Olímpia esboçou uma pressão, principalmente em bolas cruzadas, já que Ferreyra
entrou justamente para isso. Preocupado, o técnico Cuca realizou duas mudanças.
O meia
Rosinei e o atacante Guilherme entraram nos lugares de Ronaldinho Gaúcho e
Luan, respectivamente. O R10 era presa fácil para os paraguaios e deixou o
gramado bastante vaiado. Apesar de ter mais posse de bola, o Olímpia não
conseguia furar o bloqueio atleticano, que parecia satisfeito com a derrota por
apenas 1 a 0. Aos 31, Ferreyra desviou chute de fora da área e Victor defendeu
com o peito.
A torcida do
Galo presente no Defensores Del Chaco ficou com o grito de gol preso na
garganta aos 33. Jô recebeu lançamento dentro da área, dominou e bateu
rasteiro. Martín Silva, com os pés, impediu o empate atleticano. E o Olímpia
perdeu um gol inacreditável logo depois. Ferreyra recebeu de Silva e, com
Victor batido no lance, bateu rasteiro. Leonardo Silva salvou em cima da linha,
mas a bola sobrou para Bareiro, que conseguiu mandar para fora mesmo com o gol
aberto.
Aos 45
minutos, Richarlyson fez uma falta dura no campo de ataque e acabou sendo
expulso direto pelo árbitro. Com um homem a mais, o Olímpia partiu com tudo
para cima do Atlético-MG em busca do segundo gol, enquanto os comandados de
Cuca se defendiam com todos os jogadores. No último lance, porém, veio o
castigo. Pitonni acertou uma linda cobrança de falta, no ângulo de Victor, que
foi atrapalhado por Alecsandro
Olimpia 2x0 Atlético
Gols: Silva (22'),
Pittoni (48')
Local: Estádio
Defensores del Chaco, em Assunção (PAR). Quarta-feira17/07, às 21h50
Árbitro: Néstor
Pitana (ARG)
Assistentes:
Hernan Maidana (ARG) e Juan P. Belati (ARG)
Olimpia: Martín
Silva; Manzur, Miranda, Candía e Alejandro Silva; Giménez (Ferreyra), Aranda,
Pittoni, Benítez; Salgueiro (Paredes) e Bareiro (Prono). Técnico: Ever Almeida.
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