quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Em noite de Magrão, Sport elimina o Náutico na Copa Sul-Americana

Fonte e fotos: Globo Esporte
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Esporte Comunitário)

Magrão comemora uma de suas defesas salvadoras nos pênaltis (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)

Goleiro brilha com três defesas na decisão por pênaltis e garante a classificação do Rubro-Negro para as oitavas de final da competição

O Náutico fez por onde merecer os aplausos da torcida ao fim do segundo tempo. A vitória por 2 a 0 na Arena Pernambuco devolveu o mesmo placar da Ilha do Retiro e estendeu o duelo contra o Sport até o drama dos pênaltis. Aí brilhou a estrela de Magrão. O maior ídolo da torcida rubro-negra defendeu três cobranças, o Leão fez 3 a 1 e classificou-se às oitavas de final da Copa Sul-Americana.

Perderam Olivera, Tiago Real e Rogério. Do lado rubro-negro, marcaram Felipe Azevedo, Marcelo Cordeiro e Patric. Nenhum gol foi tão festejado quanto as defesas de Magrão, herói do clube que defende desde 2005. O Leão será o representante de Pernambuco na fase internacional do torneio, e o próximo adversário é o tradicional Libertad, do Paraguai, que eliminou o Mineros Guayana, da Venezuela, na noite desta quarta-feira. As datas do confronto ainda serão divulgadas.


Superioridade do Timbu

O primeiro tempo mostrou um cenário completamente distinto ao da primeira partida. Apático na Ilha do Retiro, o Náutico desta vez foi o time que mais procurou o jogo. Com apenas 17 minutos, Rogério já havia chutado três vezes a gol. Uma delas exigiu grande defesa de Magrão. No rebote, Olivera fez o torcedor alvirrubro suspirar. Quase.
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O Sport demorou a se soltar. Felipe Azevedo e Roger estiveram muito aquém da atuação na primeira partida, assim como o lateral-direito Patric, outro que se destacou uma semana antes. As raras jogadas do Leão saíram dos pés de Lucas Lima e Camilo. Na realidade, apenas um lance de real perigo. Aos 38, Camilo recebeu belo lançamento de Roger e acertou um chute perigoso. Berna fez excelente defesa.

Elicarlos comemora o primeiro gol e é festejado (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)

Foi a resposta do Sport às investidas do Náutico. Depois de um certo marasmo, o Timbu voltou a crescer, sob o comando do argentino Diego Morales. O meia enfim ganhou uma chance. Titular, pela primeira vez, depois dos nove minutos em campo contra o Bahia. A outra novidade do técnico Jorginho foi o lateral-direito Oziel, estreante da noite. Morales entrou na partida aos poucos.

Magrão já havia feito outras duas boas defesas antes dos 40 minutos. Uma delas em cabeçada de João Filipe, a outra numa finalização do lateral-esquerdo Bruno Collaço, também de cabeça, após cruzamento de Morales. Era um prenúncio. O gol estava maduro.  Aos 47, Morales cobrou falta na cabeça de Elicarlos. O desvio, no cantinho, matou Magrão.
O gol, no último minuto, fez explodir o torcedor alvirrubro na Arena Pernambuco. O Timbu desceu para o vestiário a um gol de acabar com a vantagem rubro-negra. E garantir ao menos a decisão nos pênaltis.

Mais pressão alvirrubra

No intervalo, Jorginho se viu obrigado a mexer duas vezes. Oziel e João Filipe sentiram uma indisposição e pediram para sair. Entraram Derley, na vaga de Oziel, e William Alves. Marcelo Martelotte manteve a formação, mas não demorou para chamar Marcos Aurélio. Apesar de treinado normalmente na véspera, recuperado de uma lesão na panturrilha, o artilheiro do Leão na Série B ficou no banco.

Sua entrada foi um sinal de que o jogo continuava complicado para o Sport. Aos 12 minutos, Roger deu vez ao camisa 10. Uma boa chance criada por Tiago Real e Rogério aos 15 mostrou que o Timbu permanecia mais aceso em campo. Felipe Azevedo se jogou para salvar o chute de Rogério. Dois minutos depois, não teve jeito.

Olivera corre para a torcida após marcar o segundo do Timbu (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)

Após tabelinha entre Olivera e Tiago Real, sem deixar a bola cair, o uruguaio acertou um chute perfeito de fora da área. Nenhum chance de defesa para Magrão. Golaço. Eram 17 minutos quando o Rubro-negro viu ruir por completo a vantagem construída na Ilha do Retiro.
O drama rubro-negro aumentou aos 36. Pery acabou expulso depois de tomar o segundo cartão amarelo por uma falta em Rogério. Na sequência, Martelotte fechou o time.

Marcelo Cordeiro substituiu Lucas Lima. Aos 39, Olivera cabeceou por cima uma bola com cara de gol. A torcida do Sport respirou aliviada. Àquela altura, com um homem a menos, os rubro-negros se viam ameaçadíssimos. Aos 43, Felipe Azevedo desperdiçou uma excelente chance. A vaga seria mesmo decidida nos pênaltis. Para a felicidade do torcedor que tem Magrão debaixo das traves.


Rubro-negros fazem a festa com o herói do jogo nos braços (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)

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