Fonte: Super Esportes.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador-BA. (Da redação
itinerante do Esporte Comunitário)
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Figo sobre candidatura: 'O futebol me deu muito durante a minha vida e quero dar algo de volta ao jogo'. Foto:
record.xl.pt
Luís Figo confirmou que se tornou o mais novo adversário de Joseph
Blatter na próxima eleição da Fifa, que acontecerá em 29 de maio. Um dos
maiores jogadores da história da seleção portuguesa, o ex-meia do Barcelona e
do Real Madrid revelou sua candidatura na tentativa de tirar o suíço do cargo
em entrevista para o canal de notícias CNN, nesta quarta-feira.
O astro português disse também possuir o apoio de pelo menos cinco
das 209 federações filiadas à Fifa, requisito obrigatório para poder entrar na
eleição da entidade. E ele revelou a sua intenção de assumir a entidade depois
de o presidente da Federação Holandesa de Futebol, Michael van Praag, ter oficializado
na última segunda-feira sua candidatura à presidência do organismo.
Figo e Van Praag, porém, não revelaram quais são as federações que
manifestaram apoio às suas respectivas candidaturas na eleição. O português,
por sinal, se tornou mais um concorrente de Blatter após o dirigente suíço ter
desafiado a Uefa a ter representantes no pleito no qual lutará pelo seu quinto
mandato à frente da Fifa. Na ocasião, Blatter disse que a Uefa liderava a
oposição contra ele, mas "não tinha coragem para enfrentá-lo".
E Figo deixa claro que está insatisfeito com a reputação atual da
Fifa, que tem seu nome e alguns dos seus representantes envolvidos em uma série
de escândalos de corrupção nos últimos anos. "Eu me importo com o futebol,
então estou vendo a imagem da Fifa não só agora, mas nos últimos anos, e não
gosto disso. Se você procurar 'Fifa' na internet, a primeira palavra que
aparece é 'escândalo'. Não são palavras positivas. É isso que temos que mudar
primeiramente, tentar melhorar essa imagem", ressaltou o ex-jogador.
Português disse possuir o apoio de pelo menos cinco de 209 federações filiadas.
AFP Photo / Fabrice Coffrini
Ao justificar a sua candidatura, Figo também enfatizou: "O
futebol me deu muito durante a minha vida e quero dar algo de volta ao
jogo".
O prazo final para oficialização
de candidaturas irá se expirar nesta quinta-feira, sendo que, além de Figo e
Praag, o príncipe Ali bin al-Hussein, da Jordânia, um dos vice-presidentes da
Fifa; o ex-jogador francês David Ginola e o também francês Jérôme Champagne,
ex-vice-secretário geral da entidade, revelaram o desejo de disputar a eleição
que ocorrerá em maio.
Mais novo candidato, Figo foi embaixador da Uefa para a
final da última Liga dos Campeões, realizada no ano passado em Lisboa, onde o
Real Madrid bateu o Atlético de Madrid para ficar com o seu décimo título da
competição.
Com apenas 42 anos de idade, o ex-jogador português tentará desafiar
o amplo favoritismo de Blatter, que continua na frente para seguir na
presidência mesmo com os consecutivos escândalos enfrentados pela entidade que
ele comanda.
Eleito o melhor jogador do mundo pela própria Fifa em 2000, Figo
foi vice-campeão da Eurocopa de 2004 e quarto colocado na Copa do Mundo de 2006
pela seleção portuguesa, pela qual ainda ostenta o recorde de 127 partidas
disputadas. Já na carreira de clubes, ele também defendeu o Sporting e a Inter de Milão, na qual encerrou a sua
carreira em 2009.
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