Fonte: Esportes.Terra.com.br
Edição:
Jorge Luiz da Silva.
Salvador, BA (da redação itinerante do Esporte Comunitário)
Português não se conteve e comemorou com um grito ao lado de Joseph Blatter
Foto: Ruben Sprich / Reuters
Os adjetivos são vários. E, ao mesmo tempo, insuficientes.
Ele não se cansa. E está no topo do planeta novamente.
Nesta segunda-feira, em festa
realizada em Zurique, Suíça, com todo o glamour que os maiores craques do
futebol merecem, Cristiano Ronaldo superou Lionel Messi e Manuel Neuer e, com
37,66% dos votos, foi eleito pela terceira vez na carreira o melhor jogador do
mundo. A Bola de Ouro entregue pela Fifa por causa do desempenho do português
em 2014 se juntará às premiações já conquistadas por ele em 2008 e 2013.
Cristiano Ronaldo, definitivamente, cavou ainda mais espaço na história.
Ao receber pela terceira vez o
maior reconhecimento que um jogador de futebol pode ter na vida, o atacante
do Real Madrid, 29 anos, juntou-se a simplesmente outras duas lendas do time
merengue e do futebol mundial: Ronaldo e Zinédine Zidane.
Todos foram eleitos "melhor do mundo" por três vezes.
À frente deles, há apenas um homem: Lionel
Messi – dono de quatro conquistas entre 2009 e 2012, e que, pelo desempenho de
2014, ficou na segunda posição com 15,76% dos votos. O goleiro Manuel Neuer foi
o terceiro mais votado por jornalistas, capitães e técnicos de seleções
nacionais (15,72% dos votos).
Ao posar com a Bola de Ouro e falar para o mundo inteiro, Ronaldo já
traçou o seu próximo objetivo: alcançar Lionel Messi. “Quero agradecer a todos
meus companheiros, ao meu treinador e aos meus concorrentes.
Foi um ano
especial para mim, tanto no coletivo quanto no pessoal.
E ganhar um troféu com
essa dimensão é único.
Estou muito feliz e vou continuar a trabalhar da mesma
forma para tentar ganhar mais troféus coletivos e individuais no futuro.
Nunca
pensei que ia ganhar três vezes, mas espero alcançar o Messi já na próxima
temporada. Não é algo que eu não durmo por isso, mas eu quero entrar para
história do futebol como o melhor", declarou.
Tudo bem, Manuel Neuer foi campeão mundial com a Alemanha e conquistou
títulos nacionais com o Bayern no ano passado. E Messi é Messi. Mas ninguém foi
melhor do que Cristiano Ronaldo em 2014. Principal jogador do Real Madrid, o
português liderou a equipe ao título da Copa do Rei da Espanha e também à
conquista da tão desejada décima Liga dos Campeões da Europa da história do
clube – sem falar na Supercopa da Europa e no Mundial de Clubes faturado há
algumas semanas.
Cristiano Ronaldo ganhou 4 títulos em 2014 e
teve números históricos
Foto: AFP
Mas, mesmo se não tivesse erguido nenhuma taça, o camisa 7 certamente
levaria a Bola de Ouro da Fifa. Ronaldo não teve um 2014 humano. Foi
praticamente extraterrestre em um ano no qual Messi sofreu com lesões e Neuer
não chegou ao seu nível de atuações. Em 2014, o português jogou 60 partidas.
Teve média de mais um gol por jogo. No total, foram 61 redes balançadas e 22
assistências no ano. Isso sem falar em algumas marcas históricas alcançadas
pelo português entre 1º de janeiro e 31 de dezembro.
É impossível citar todas: o atacante se tornou o maior artilheiro da
história da seleção portuguesa, bateu a lendária marca de Mazzola como maior
goleador em uma só edição da Liga dos Campeões, colocou o seu nome no topo da
lista dos jogadores que mais fizeram gols na Eurocopa e também passou Raúl no
ranking dos maiores artilheiros da Champions em todos os tempos.
O único ponto baixo do ano de Cristiano Ronaldo foi a Copa do Mundo –
que presenciou brilho de Messi e Manuel Neuer, mas que se tornou irrelevante
perto da superioridade do português no restante de 2014. O alto nível
apresentado pelo camisa 7 em toda a temporada cobrou o seu preço perto do
início do torneio realizado em solo brasileiro.
Cristiano Ronaldo, que já atuara baleado na final da Liga dos Campeões
da Europa, em maio, chegou destroçado à Copa do Mundo. Uma tendinite no joelho
esquerdo quase custou a participação do craque na principal competição do
futebol. Mas ele jogou. Apenas três partidas, mas jogou. Fez um gol, encerrou a
primeira fase como maior finalizador do torneio, mas se despediu sem ao menos
disputar o mata-mata. Nada que impedisse a glória já no primeiro mês de 2015...
Cristiano
Ronaldo teve um 2014 fantástico e foi eleito melhor jogador do mundo pela 3ª
vez (Lars Baron/Fifa/Getty Images)
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