Fonte:
superesportes.com.br
Informações: Correio Brasiliense
Edição e arte: Jorge Luiz da Silva.
Imagens: ASES / CBF
Salvador, BA. (Da
Redação Itinerante do Esporte Comunitário)
Favorecido contra o Corinthians, o Flamengo é o time mais beneficiado no Nacional
Foto: Ide Gomes/Agência O Globo
Levantamento do Correio mostra que o resultado de 23 partidas do Nacional
está contaminado por erros da arbitragem. Maioria das falhas são a favor dos
times da casa
O Flamengo é a equipe mais beneficiada por erros de arbitragem nesta
edição da Série A do Campeonato Brasileiro. Ninguém foi tão prejudicado quanto
o Fluminense.
Cada um ganhou ou perdeu quatro pontos, respectivamente, por
interferência direta do apito: isso é o que aponta levantamento produzido pelo
Correio Braziliense.
A análise dos lances polêmicos de todas as 230 partidas disputadas até
agora mostra que o Campeonato Brasileiro teria outro rumo se não houvesse erros
graves de arbitragem.
Há uma tendência clara de benefício aos times da casa. Dos 53 erros
cruciais, 70% foram marcados para times que jogavam nos seus próprios domínios.
Além disso, o levantamento mostra que, ao menos nesta edição do Brasileirão,
cai a lenda de que os grandes times do país exercem maior influência no apito.
Dos 11 clubes mais tradicionais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Rio Grande do Sul, apenas dois foram mais beneficiados do que prejudicados
pelas decisões dos árbitros: Atlético-MG e Flamengo.
Veja como deveria ser a tabela sem os erros de arbitragem
Até agora, 45 partidas contaram com falhas claras. Destas, 23 teriam outro
vencedor se juízes e assistentes não errassem. Isso significa que 10% das
partidas até agora tiveram resultado atrapalhado pelos homens do apito. Um jogo
por rodada. Nesse mundo perfeito de acertos da arbitragem em todos os lances, o
Palmeiras deixaria a lanterna para ocupar a 15ª posição. O Fluminense entraria
no G-4. E a distância entre Cruzeiro e São Paulo cairia um ponto.
Analisar apenas os erros capitais é um dos recortes que mostram o péssimo
momento da arbitragem brasileira. Em um campeonato com 38 rodadas, erros
menores são inevitáveis, mas a gravidade desses equívocos tem viciado o
resultado de um número cada vez maior de partidas — a novidade são os pênaltis
marcados em vários lances de bola na mão.
A profissão de árbitro no Brasil ainda é amadora, apesar dos projetos de
lei apresentados no Congresso Nacional. Ou seja: os responsáveis por decidir o
rumo das partidas na elite do país do futebol têm de procurar outra fonte de
renda. A carreira tem pouca atratividade, os cursos são caros, e existe
dificuldade de renovação no quadro de profissionais. Por isso, mesmo nas novas
arenas, parece cada vez mais normal ver um batalhão policial correr até o centro
do campo para proteger o juiz da fúria de jogadores, técnicos e dirigentes.
Leia a reportagem completa na edição impressa do Correio Braziliense.
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