terça-feira, 26 de agosto de 2014

Técnico quer ouro e prevê "futuro brilhante" para meninos peruanos


Fonte: Site oficial da FIFAFotos: © Getty Images
Edição: Jorge Luiz da Silva.
Serrinha, Bahia (da redação itinerante do Esporte Comunitário).



Como medalhista de ouro no futebol masculino nos Jogos Asiáticos da Juventude de Nanquim no ano passado, a Coreia do Sul voltou à histórica cidade chinesa para a Olimpíada da Juventude como favorita. No entanto, apesar de justificar a reputação com três vitórias em sua campanha até a final, mantendo os 100% de aproveitamento, o conjunto asiático não intimida o Peru, o outro concorrente ao título da competição. É o que afirma o técnico Juan José Oré.

Um terremoto de 6,9 graus de magnitude abalou uma área pouco povoada na região central do país andino neste domingo, mesmo dia em que sua seleção sub-15 derrotava Cabo Verde para chegar à decisão do Torneio de Futebol Masculino de Nanquim 2014. A triste notícia, porém, servirá de motivação extra para Oré e seus jovens pupilos, que enfrentarão a Coreia do Sul nesta quarta-feira querendo levar o sorriso de volta aos rostos de seus compatriotas.
"Temos o necessário para vencer. Eu acredito em meus garotos", disse ao FIFA.com o treinador de 60 anos, que chegou a ser artilheiro do Campeonato Peruano nos tempos de jogador, após a vitória de seu selecionado sobre a equipe do arquipélago africano.


Experiência prévia
Para quem acha que Oré está superestimando as chances de sua equipe, basta lembrar que o sub-15 do Peru foi campeão sul-americano no ano passado. Pouco dado ao otimismo cego, o técnico já sentiu o sabor de derrotar os sul-coreanos: foi na Copa do Mundo Sub-17 da FIFA 2007, quando levou sua equipe à vitória pelo placar mínimo na fase de grupos e chegou até as quartas de final, onde perdeu para Gana por 2 a 0.
"O elenco que tenho agora foi escolhido a dedo. Os jogadores são todos excepcionais e têm muito potencial, apesar de ainda poderem melhorar, é claro. Por isso, seja quem for que encontremos na final, temos certeza de que jogaremos de igual para igual", explica Oré.

O fato é que a equipe peruana vem dando motivos para que a torcida do país sorria. Bem preparados e muito talentosos, com qualidade e potência em todos os setores, os jovens sul-americanos mostraram força de sobra em Nanquim. Segundo Oré, que vem treinando as seleções de base desde 2007, a atuação do elenco é testemunho do trabalho de formação de jogadores no país. "A base dos jovens no Peru é muito boa. Tem muito talento por lá e acho que nosso futuro é brilhante", diz com orgulho.

Uma das principais forças do futebol sul-americano nos anos 70, o Peru deixou o papel de protagonista na região há 30 anos – sua última participação em uma Copa do Mundo foi na Espanha 1982. No entanto, na última década, as gerações mais jovens vêm recuperando o espaço perdido e progredindo rapidamente nas competições de base. Resultado disso foram as classificações para os Mundiais Sub-17 de 2005 e 2007 e a grande campanha na Olimpíada da Juventude deste ano. "Se este grupo continuar a evoluir como vem fazendo, acho que pode ser decisivo para o retorno do Peruà Copa", prevê Oré.


Craque de futuro
A ousada previsão do técnico peruano tem sentindo com uma análise mais detalhada das boas atuações de seus jogadores até agora, principalmente do atacante Franklin Gil, que treina no Universidad San Martín de Porres. O jovem foi fundamental para a trajetória do Peru até a final, marcando na vitória por 2 a 1 sobre a Islândia e empatando o jogo com Cabo Verde — que acabaria em 3 a 1 — em um pênalti que ele mesmo sofreu.


"(O Gil) foi muito bem nos últimos três jogos. Espero que ele continue evoluindo e se torne o pilar desta equipe", diz Oré. O camisa 14 do Peru tem plena consciência de sua contribuição para a vitória do selecionado alvirrubro sobre os africanos nas semifinais. "Estou muito contente com minha atuação, mas é claro que toda a equipe fez uma grande apresentação. Sou muito grato ao apoio que recebi de meus companheiros", afirmou o atacante depois da partida.
O jovem tem tanta confiança no próprio talento que um dia pretende realizar seu ofício em campeonatos de outros país, assim como seu ídolo, o meia colombiano James Rodríguez, recém-contratado pelo Real Madrid. "Meu plano é jogar no exterior no futuro, o que não só vai ajudar em minha formação, como também vai ser uma retribuição para minha família, que vem dando todo o apoio para que eu jogue futebol", conta.


O que anima o garoto ainda mais é o fato de vestir a mesma camisa 14 de Claudio Pizarro, artilheiro da seleção peruana e do Bayern de Munique. "Ele é o jogador mais famoso do Peru e meu sonho é me tornar um grande jogador como ele",
afirma o jovem craque com determinação.






Nenhum comentário:

Postar um comentário