quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Sul-Americana: Macaca cala mais de 50 mil vozes no Morumbi!

Fonte: Futebol Interior
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Esporte Comunitário)


Jogadores da Ponte festejam gol sobre o São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)


A Macaca atuou melhor e sufocou o São Paulo em pleno estádio do Morumbi

 “ Se não for sofrido, não é Ponte Preta”.
A frase usada pelos torcedores pontepretanos cabe perfeitamente na definição da partida realizada na noite desta quarta-feira, no estádio do Morumbi, em São Paulo.
Depois de enfrentar briga nos bastidores, a Ponte Preta entrou em campo com a faca nos dentes e venceu o São Paulo por 3 a 1, calando os mais de 50 mil torcedores são-paulinos presentes no Morumbi.
A partida foi válida pelo jogo de ida da semifinal da Copa Sul-Americana.

Com o resultado, a Ponte Preta conseguiu uma importante vantagem para o jogo de volta.
Agora, a Ponte Preta poderá perder por até um gol de diferença que se classificará para a final da competição.
Como marcou três gols fora de casa, mesmo uma derrota por 2 a 0 coloca a Macaca na decisão.

Os dois clubes voltam a se enfrentar para o jogo de volta na próxima quarta-feira, às 21h50.
O local do jogo ainda não está definido, já que a Conmebol vetou a utilização do estádio Moisés Lucarelli por não possuir a capacidade mínima de 20 mil torcedores.
Tudo indica que a Ponte Preta mandará o jogo no estádio Romildo Ferreira, em Mogi Mirim.


A decepção de Luis Fabiano com chance perdida (Foto: Marcos Ribolli)


O jogo
A partida começou morna, com os dois times estudando o jogo e evitando passes de efeito que levariam a um contra-ataque.
Mais atrás, jogando no erro do São Paulo, a Ponte Preta marcava firme os meias do adversário, mas não conseguia emendar uma jogada de surpresa sobre o Tricolor.
Com poucos erros de passes, mas também não assustando os goleiros, o jogo só passou a ficar mais interessante depois dos primeiros 15 minutos.
A primeira chance mais clara de gol foi do São Paulo, aos 14 minutos.
Depois de receber a bola na intermediária, o meia Ganso ficou de frente para o gol e arriscou a finalização.
A bola saiu desviada e passou ao lado esquerdo do gol da Macaca.

O primeiro gol da partida saiu de uma desatenção da defesa ponte pretana.
Após lançamento para o lado direito, Diego Sacoman vacilou e permitiu que Aloísio dominasse a bola.
O atacante trouxe a bola para o meio e tocou para Ganso.
O meia puxou para o pé direito e com categoria, finalizou no canto esquerdo.
A bola ainda bateu na trave antes de balançar as redes.

O gol serviu para acordar o time campineiro.
Ainda assim, a Ponte Preta esbarrava na falta de agressividade ofensiva e não assustava o goleiro Rogério Ceni.
A primeira finalização ao gol da macaca foi somente aos 32 minutos.
Artur avançou pela direita e arriscou de fora da área.
O goleiro do São Paulo caiu bem e agarrou a bola.

Quando a partida se encaminhava para o intervalo, a Ponte conseguiu o gol de empate.
Rildo tocou para Uendel, que passou como um jato pelo lado esquerdo.
O lateral deixou Paulo Miranda para trás e cruzou rasteiro para dentro da área.
Na tentativa de afastar a bola, oz agueiro Antonio Carlos acabou colocando a bola para o seu próprio gol, marcando contra, aos 43 minutos.


Paulo Henrique Ganso e Antônio Carlos comemoram o gol do São Paulo contra a Ponte (Foto: Marcos Ribolli)


Show da Macaca!
De volta para o segundo tempo, o treinador Muricy Ramalho resolveu fazer uma substituição que deixou o São Paulo mais defensivo. O volante Wellington entrou no lugar de Lucas Evangelista. Com isso, a Ponte Preta conseguiu avançar e comandar o jogo.
Logo aos cinco minutos, a Ponte Preta teve uma boa oportunidade em cobrança de falta na entrada da área. O lateral Uendel cobrou com o pé esquerdo, colocado, e a bola tirou tinta da trave de Rogério Ceni.
Dois Minutos depois, a Ponte Preta chegou ao segundo gol. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou fora da área para Ferrnando Bob. O volante, de frente para o gol, soltou uma bomba no canto direito. Rogério Ceni defendeu para frente e no rebote, Leonardo concluiu para o gol.
Mesmo após o segundo gol, a Ponte Preta continuou melhor que o São Paulo no jogo. Diante da superioridade do time visitante, Muricy mexeu novamente no time e apostou na entrada de Luis Fabiano. O atacante logo que entrou já levou perigo. Aos 20 minutos, Paulo Miranda foi até o fundo e cruzou para a área, mas o atacante cabeceou por cima.
A pressão do São Paulo parou por aí e a Ponte Preta chegou ao terceiro gol aos 25 minutos. Uendel recebeu pelo lado esquerdo e invadiu a área. Depois de um chute forte, a bola desviou no volante Wellington e subiu, entrando no ângulo de Rogério Ceni, que nada pode fazer.
O gol animou ainda mais a Ponte Preta, que continuou indo para cima do São Paulo e não correndo riscos. O Tricolor só conseguiu assustar aos 40 minutos. Luis Fabiano cabeceou e Roberto fez grande defesa, no rebote, Diego Sacoman salvou em cima da linha. Um minuto depois, César salvou em cima da linha um chute de Luis Fabiano. Na sobra, Welliton também tentou e Artur, inacreditável, salvou novamente em cima da linha, assegurando o resultado para a Ponte Preta.


Rogério Ceni vê a bola entrar após chute de Uendel e desvio em Wellington (Foto: Marcos Ribolli)

São Paulo
1
x
3
Ponte Preta
Gols:
Ganso (20'), São Paulo;
Antonio Carlos (43', contra), Leonardo (52') e Uendel (70'), Ponte Preta.
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP). 20/11 - 21h50
Árbitro: Diego Abal-ARG
Assistentes: Hernan Maidana-ARG e Juan Belatti-ARG
Renda: R$ 1.814.485,00
Público: 53.302 torcedores

Jogadores de Ponte Preta e São Paulo perfilados, antes do jogo
(Foto: Marcos Ribolli)

São Paulo: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Antônio Calos, Rodrigo Caio e Reinaldo; Denilson, Maicon (Luis Fabiano), Lucas Evangelista (Wellington) e Ganso; Ademilson (Welliton) e Aloísio. Técnico: Muricy Ramalho.

Ponte Preta: Roberto (Edson Bastos); Artur, César, Diego Sacoman e Uendel; Baraka, Fernando Bob, Fellipe Bastos (Chiquinho) e Elias (Magal); Rildo e Leonardo. Técnico: Jorginho Campos.



São-paulinos levaram faixa parabenizando Rogério pelo recorde (Foto: Marcos Ribolli)

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