Fonte: Superesportes (Gazeta Press)
Edição: Jorge Luiz da Silva.
Imagens: Arquivo ASES e Google.com.br
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Salvador, BA (da redação itinerante do Esporte Comunitário)
Em 100 anos, Chile conquistou sua primeira Copa América em 2015; neste ano, repete a dose e é bi campeão
Na noite deste domingo, no estádio Metlife, em Nova Jersey, o Chile mostrou estar em grande fase. Diante da Argentina, os comandados de Juan Antonio Pizzi, assim como no ano passado, voltaram a dominar o rival durante o tempo normal, seguraram o adversário na prorrogação e, nos pênaltis, contaram com um erro na cobrança de Lionel Messi para sagrarem-se campeões da Copa América Centenário.
A conquista repete o cenário de 2015, quando saíram vencedores também nas penalidades no estádio Nacional, em Santiago, celebrando seu primeiro grande título como seleção. Os argentinos, por sua vez, continuam sem levantar uma taça na seleção profissional desde o título continental de 1993, além de perder três finais consecutivas (Copa do Mundo de 2014 e as duas últimas Copas América). Nesse período, ganhou dois títulos olímpicos.
O jogo começou movimentado, com Alexis Sánchez dominando as ações pelo lado dos chilenos e Lionel Messi tratando de recuar até a intermediária para buscar a bola. Apesar da briga, no entanto, o duelo demorou a criar lances de perigo, principalmente pelo bom desenho tático demonstrado por ambos os lados. Tanto as zagas quanto os volantes levaram a melhor na maioria das vezes em que foram testados.
Heber ofusca craques Árbitro brasileiro teve destaque na final. AFP |
Mal sabiam os atletas que a grande estrela do primeiro tempo, na verdade, vestia amarelo. Escolhido para ser o representante brasileiro na decisão, o árbitro Heber Roberto Lopes começou a aparecer ao ver necessidade de cartão amarelo em uma falta simples de Díaz em Messi. Como já havia sido advertido com o cartão minutos antes, o meio-campista acabou expulso de campo aos 27 da etapa inicial, provocando muitas reclamações dos chilenos.
A partir daí iniciou-se o show do juiz da Federação Paranaense. Primeiro deu amarelo para Mascherano e Vidal por discussão no campo de ataque do Chile. Depois, o “agraciado” foi Messi, por simulação em trombada do camisa 10 com Isla. Depois, veio o toque final: Rojo fez falta em Vidal, na intermediária e Heber deu ao lateral esquerdo o vermelho direto, deixando os dois lados em condições iguais pouco antes do intervalo.
Muito espaço, pouco futebol
Diferentemente do que se esperava pelos ânimos exaltados e maior espaço em campo devido aos vermelhos distribuídos, o segundo tempo não teve qualquer demonstração de um duelo de craques. A maioria dos lances continuou a ser vencida pelos defensores, impossibilitando chances claras de aparecerem. Vidal, mais na marcação do que na armação, foi o dono do meio-campo, mas não conseguiu fazer a diferença.
Na única vez em que teve essa possibilidade, o camisa 8 roubou a bola de Messi, cena frequente na partida, e tocou para Sanchez. O avante se livrou de dois marcadores e abriu a jogada na direita para Vargas. Rápido, o camisa 11 colocou na frente em disputa um contra um diante de Mascherano, invadiu a área e bateu cruzado. Bem colocado, Romero espalmou e, após dois toques, a zaga conseguiu afastar com Otamendi.
Preocupado com a posse de bola chilena, Tata Martino tentou melhorar a sua produção com Kranevitter no lugar de Di María, para desespero do avante do Paris Saint-Germain. O meio-campista melhorou o time argentino, mas ainda faltava um melhor chute na finalização. Por isso, Aguero entrou no lugar de Higuaín, na esperança de aproveitar o cansaço da zaga. Nas duas chances que teve para arrematar de dentro da área, porém, o avante do Manchester City mostrou porque estava na reserva e isolou.
Outra prorrogação
Messi perdeu o primeiro pênalti da Argentina
Foto: AFP
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O lance bom dos chilenos pareceu acordar os argentinos, que responderam logo na sequência. Em falta sofrida pela esquerda, Messi cruzou a bola na marca do pênalti e Aguero subiu mais alto que a defesa para cabecear. A bola ganhou altura e entraria no ângulo direito de Claudio Bravo, mas o goleiro do Barcelona se esticou todo para praticar uma excelente defesa.
Mesmo com o ímpeto demonstrado, no entanto, os gols não saíram. Quanto mais o tempo passou, mais os jogadores pareciam querer que a decisão fosse para os pênaltis, trocando mais passes no campo defensivo do que no ofensivo. Vontade aceita prontamente pelo juiz brasileiro, que decretou as cobranças de penalidades pontualmente aos 15 do segundo tempo da prorrogação.
Nos pênaltis, Vidal, exímio batedor, cobrou mal e Romero defendeu. Na sequência, porém, Messi compensou: isolou o chute e mandou a bola nas cadeiras localizadas atrás do gol. Castillo, Aránguiz, Beausejour anotaram os seus para o Chile, enquanto Mascherano e Aguero conferiram para a Argentina. Quando poderia empatar em 3 a 3, no entanto, Biglia viu Bravo defender sua cobrança. para desespero de Messi no meio-campo. Coube a Silva deslocar Romero e dar o segundo título seguido aos chilenos.
ARGENTINA 0x0 CHILE
(Nos pênaltis: 2x4)
Horário: 21h (de Brasília)
Árbitro Central: Heber Roberto Lopes (BRA)
Assistente 1: Kleber Lúcio Gil (BRA)
Assistente 2: Bruno Boschilia (BRA)
82.026 presentes
Cartões amarelos: Javier Mascherano, Lionel Messi, Kranevitter (Argentina); Marcelo Diaz, Arturo Vidal, Jean Beausejour e Charles Aránguiz (Chile)
Marcos Rojo (Argentina); Marcelo Díaz (Chile)
Sergio Romero; Gabriel Mercado, Nicolás Otamendi, Funes Mori e Marcos Rojo; Javier Mascherano, Lucas Biglia e Éver Banega (Erik Lamela); Lionel Messi, Gonzalo Higuaín (Sergio Aguero) e Dí Maria (Kranevitter)
Técnico: Gerardo Martino
CHILE:
Claudio Bravo; Mauricio Isla, Gary Medel, Gonzalo Jara e Jean Beausejour; Charles Aránguiz, Marcelo Díaz e Arturo Vidal; José Pedro Fuenzalida (Puch), Eduardo Vargas (Castillo) e Alexis Sánchez (Silva)
Técnico: Juan Antonio Pizzi
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