sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Entre a bola e o café



Texto: Renan Damasceno ( Estado de Minas). Fonte: SuperEspotes
Foto: Beto Novaes
Edição: Jorge Luiz da Silva.
Salvador, BA (da redação itinerante do Esporte Comunitário)



Dirigentes recorrem ao próprio bolso
Conseguir dinheiro para pagar o café da manhã para os jogadores é apenas a primeira das várias dificuldades que o atual campeão juvenil da Copa Centenário e Departamento de Futebol Amador enfrenta ao longo do dia.

Sem recursos e apoio, o Campo Verde, do São Bernardo, bairro da Região Norte de BH, resiste graças ao esforço de diretores e da própria comunidade. “Tentamos fazer um trabalho diferente aqui. A gente não se preocupa só com a bola, mas também em oferecer café da manhã, almoço quando precisa, já que muitos meninos não têm condições e até chegam aqui com fome. A gente tenta ajudar até onde o bolsa suporta”, lamenta Fernando Moreira, supervisor do clube.

Cerca de 80 jovens treinam no Campo Verde, cujo time adulto está desativado por falta de recursos. As despesas não são altas – cerca de R$ 2 mil mensais –, mas saem integralmente do bolso dos diretores. “Futebol amador é paixão, entrega. O jogador profissional, chega o quinto dia útil do mês, saca R$ 600 mil, R$ 700 mil. Já o jogador, o dirigente da várzea, tira do próprio bolso para jogar. Às vezes da própria casa para ajudar o time.”






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