Fonte: Super
Esportes.com.br
Informações:
Agência Estado. Imagens: Google
Edição: Jorge
Luiz da Silva.
Salvador, BA (da
redação itinerante do Esporte Comunitário)
Inglaterra foi derrotada pela Rússia na escolha da Fifa para a sede da Copa do Mundo de 2018. AFP Photo / Pool / Mikhail Klimentyev .
Candidatura inglesa foi acusada de de agir
de forma antiética e imprópria
Pouco depois de a
Fifa isentar Rússia e Catar de corrupção no processo de votação que elegeu os dois países como
respectivas sedes das Copas de 2018 e 2022, a Associação de Futebol da
Inglaterra (FA, na sigla em inglês) rebateu nesta quinta-feira, por meio de
nota oficial, críticas feitas pela entidade à candidatura inglesa ao Mundial de
2018.
Acusados de agir de
forma antiética e imprópria em relatório divulgado nesta quinta pela Fifa, a FA
mandou o seguinte recado ao organismo: "Não aceitamos qualquer crítica a
respeito da integridade do processo ou a qualquer pessoa envolvida". Para
completar, a entidade inglesa ressaltou que conduziu uma candidatura
"transparente" e manteve "cooperação em torno de todo este
processo com a crucial credibilidade".
A reação imediata dos
ingleses aconteceu depois que o relatório divulgado pelo Comitê de Ética da
Fifa ter dito que a FA foi excessivamente indulgente com Jack Warner,
ex-vice-presidente da Fifa, para poder vencer a disputa para ser sede da Copa
de 2018. De acordo com o documento, o comitê de candidatura inglês ajudou um
conhecido de Warner a obter um emprego na Grã-Bretanha e gastou US$ 55 mil para
patrocinar um evento de gala em Trinidad e Tobago, seu país natal, para tentar
agradar o dirigente.
Na época, Warner era
presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe
(Concacaf) e fazia parte do Comitê Executivo da Fifa que elegeu a Rússia e o
Catar como respectivas sedes dos dois próximos Mundiais, após votação ocorrida
em dezembro de 2010. Em seguida, em 2011, o dirigente acabou suspenso pela Fifa
depois de ter sido acusado de oferecer propinas a eleitores caribenhos durante
a campanha que elegeu Mohamed Bin Hammam presidente da Confederação Asiática de
Futebol. Na ocasião, o dirigente catariano foi suspenso pelo mesmo motivo.
Criticada pela FA, a
Fifa disse no relatório publicado nesta quinta-feira que "a equipe da
candidatura inglesa para 2018 deu uma ênfase especial ao convencimento do
ex-membro do comitê executivo da Fifa (na posição de vice-presidente da Fifa) e
então presidente da Concacaf, Jack Warner". O documento ainda destacou que
"o senhor Warner procurou explorar a percepção de que tinha poder para
controlar os 'blocos de votos' dentro do Comitê Executivo da Fifa, cobrindo a
equipe da candidatura inglesa para 2018 de pedidos inadequados".
Ainda segundo o
polêmico relatório que isentou Catar e Rússia de corrupção em suas
candidaturas, ao atender aos pedidos do senhor Warner "muitas vezes"
a Inglaterra cometeu uma "aparente violação das regras de candidatura e do
Código de Ética da Fifa". A FA, porém, negou de forma veemente ter
cometido qualquer irregularidade em sua candidatura.
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