sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Associação de Futebol da Inglaterra rebate Fifa após ter candidatura para 2018 criticada



Fonte: Super Esportes.com.br
Informações: Agência Estado. Imagens: Google
Edição: Jorge Luiz da Silva.
Salvador, BA (da redação itinerante do Esporte Comunitário)


Inglaterra foi derrotada pela Rússia na escolha da Fifa para a sede da Copa do Mundo de 2018. AFP Photo / Pool / Mikhail Klimentyev .


Candidatura inglesa foi acusada de de agir de forma antiética e imprópria

Pouco depois de a Fifa isentar Rússia e Catar de corrupção no processo  de votação que elegeu os dois países como respectivas sedes das Copas de 2018 e 2022, a Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês) rebateu nesta quinta-feira, por meio de nota oficial, críticas feitas pela entidade à candidatura inglesa ao Mundial de 2018.

 Acusados de agir de forma antiética e imprópria em relatório divulgado nesta quinta pela Fifa, a FA mandou o seguinte recado ao organismo: "Não aceitamos qualquer crítica a respeito da integridade do processo ou a qualquer pessoa envolvida". Para completar, a entidade inglesa ressaltou que conduziu uma candidatura "transparente" e manteve "cooperação em torno de todo este processo com a crucial credibilidade".

A reação imediata dos ingleses aconteceu depois que o relatório divulgado pelo Comitê de Ética da Fifa ter dito que a FA foi excessivamente indulgente com Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa, para poder vencer a disputa para ser sede da Copa de 2018. De acordo com o documento, o comitê de candidatura inglês ajudou um conhecido de Warner a obter um emprego na Grã-Bretanha e gastou US$ 55 mil para patrocinar um evento de gala em Trinidad e Tobago, seu país natal, para tentar agradar o dirigente.


Na época, Warner era presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) e fazia parte do Comitê Executivo da Fifa que elegeu a Rússia e o Catar como respectivas sedes dos dois próximos Mundiais, após votação ocorrida em dezembro de 2010. Em seguida, em 2011, o dirigente acabou suspenso pela Fifa depois de ter sido acusado de oferecer propinas a eleitores caribenhos durante a campanha que elegeu Mohamed Bin Hammam presidente da Confederação Asiática de Futebol. Na ocasião, o dirigente catariano foi suspenso pelo mesmo motivo.

Criticada pela FA, a Fifa disse no relatório publicado nesta quinta-feira que "a equipe da candidatura inglesa para 2018 deu uma ênfase especial ao convencimento do ex-membro do comitê executivo da Fifa (na posição de vice-presidente da Fifa) e então presidente da Concacaf, Jack Warner". O documento ainda destacou que "o senhor Warner procurou explorar a percepção de que tinha poder para controlar os 'blocos de votos' dentro do Comitê Executivo da Fifa, cobrindo a equipe da candidatura inglesa para 2018 de pedidos inadequados".

Ainda segundo o polêmico relatório que isentou Catar e Rússia de corrupção em suas candidaturas, ao atender aos pedidos do senhor Warner "muitas vezes" a Inglaterra cometeu uma "aparente violação das regras de candidatura e do Código de Ética da Fifa". A FA, porém, negou de forma veemente ter cometido qualquer irregularidade em sua candidatura.






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