Texto: Thiago
Madureira. Fonte: superesportes.com.br
Imagens: Ases e Google
Edição:
Jorge Luiz da Silva.
Salvador,
BA (da redação itinerante do Esporte Comunitário)
Foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Terceira Divisão do Campeonato Mineiro
Última divisão profissional do estado é pródiga em casos insólitos.
Arbitragem convive com amadorismo em
Minas
A Terceirona do Campeonato Mineiro é
farta em casos insólitos. Sofrem, sobretudo, os árbitros, que são expostos a
situações constrangedoras e desrespeitosas. Episódios de cusparada, xingamento
e calote ainda estão presentes na última divisão profissional do estado.
Trabalhar e não receber pelos serviços
prestados ainda é uma situação comum na Terceira Divisão do Mineiro. Na partida
entre Arsenal e Coimbra, realizada na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, no dia 7
de setembro, o quarteto Hudson Fernandes da Silva, Marcelo Francisco dos Reis,
Leandro Salvador da Silva e Murilo Francisco Misson Junior deixou o estádio sem
a remuneração. “Não foram pagas as taxas, diárias e passagens da arbitragem”,
diz a súmula.
Não bastasse sair de mão abanando, os
árbitros, em alguns casos, são agredidos com cusparadas. Foi o que ocorreu com
os representantes do quadro da FMF Marco Aurélio Ferreira, Felipe Alan Costa e
Magno Arantes Lira no confronto entre Nacional e Novo Ipatinga, no dia 4 de
outubro, em Muriaé. “No final do primeiro tempo do jogo, no caminho para o vestiário
da arbitragem, os torcedores da equipe do Nacional Atlético Clube deram
cusparada no quarteto de arbitragem”, constou no documento do jogo.
Como os estádios vivem vazios, o
policiamento é reduzido. Assim, fica facilitada a ação agressora de torcedores,
como ocorrida na partida entre Nacional e Novo Ipatinga. No jogo entre Uberaba
e CAP Uberlândia, por exemplo, apenas seis policiais fizeram a segurança. Essa
é a regra na Terceirona.
O amadorismo fica à mostra também em
outros casos curiosos.
A partida entre Coimbra e Betinense atrasou em 25
minutos em razão da falta de policiamento. Já o jogo entre Arsenal e Coimbra
demorou 10 minutos além do tempo programado por causa da falta de ambulância.
Os casos citados acima são julgados
pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD/MG). As penas, quase
sempre certas, contudo, não parecem ter valor educativo e reincidências são
vistas ano após ano.
Melhorias para a arbitragem
Recentemente, a Federação Mineira de
Futebol (FMF) trocou a presidência da comissão de arbitragem: José Eugênio deu
lugar a Giulliano Bozzano. “A nossa intenção é valorizar cada vez mais o
árbitro. A escolha do Giulliano Bozzano para presidir a comissão de arbitragem
foi acertada porque ele chega para agregar e auxiliar nesse processo. Ele foi
árbitro Fifa, é diretor da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF),
tem um excelente currículo e está preparado para o cargo”, comentou o
presidente da FMF, Castellar Guimarães Neto.
Segundo o cartola, medidas práticas
para a valorização dos árbitros estão em execução. Na última segunda-feira, na
reunião do conselho técnico do Campeonato Mineiro, ficou decidido que 2% da
renda das partidas do torneio serão destinados à comissão de arbitragem. “Dos
10% a que temos direito nas rendas, decidimos destinar 2% para a comissão de
arbitragem. É uma aplicação mínima que será incrementada para desenvolvimento
dessa importante atividade”, afirmou Castellar.
Classificação
Ao todo, onze clubes participaram da
primeira fase da Terceira Divisão.
Agora, seis clubes lutam por duas vagas no
Módulo II.
O hexagonal final da Terceira Divisão é liderado pelo Funorte, com
seis pontos em dois jogos.
O Nacional de Muriaé tem o mesmo número de pontos,
mas um jogo a mais.
O Valério está em terceiro, com quatro pontos. Uberaba e
CAP Uberlândia estão com três pontos.
A lanterna pertence ao Betinense, com um
ponto.
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