Fonte: Fifa.com
Edição:
Jorge Luiz da Silva.
Salvador, BA
(da redação itinerante do Esporte Comunitário)
A lista
de jogadores que penduraram as chuteiras em 2013 foi uma das mais longas e
ilustres da história do futebol. O peso da idade, o desejo de seguir carreira
como técnico ou uma sequência de lesões foram os principais motivos da decisão
desses novos aposentados, que não tiveram o fôlego necessário para participar
da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.
As
maiores baixas foram registradas na Inglaterra, que se despediu de uma geração
gloriosa da qual fizeram parte David Beckham, Michael Owen, Paul Scholes, Jamie
Carragher e Phil Neville. Além disso, o futebol britânico também testemunhou a
vida do técnico Alex Ferguson entrar em uma nova etapa. Vamos relembra os
principais nomes que deram adeus aos gramados nos últimos 12 meses.
Foto: girondins4ever.com
Goleiros
O ex-Bordeaux Ulrich
Ramé, de 41 anos, aposentou as luvas com 525 partidas pelo clube e 12 pela
seleção francesa no currículo. A mesma longevidade teve o espanhol Ricardo López,
que no último dia 1º de junho se transformou no jogador mais velho da liga
ibérica ao defender a meta do Osasuna diante do Real Madrid.
Foto: persianfootball.com
Laterais
O iraniano Mehdi
Mahdavikia, que podia atuar em todas as posições do flanco direito, virou a
página aos 36 anos em junho, tendo acumulado 381 jogos nos campeonatos
nacionais do Irã e da Alemanha, além de 111 partidas pela seleção do seu país,
com 13 gols marcados. Dois anos depois do irmão Gary, Phil Neville também
encerrou a carreira de atleta com 36 anos e 59 jogos pelo English Team, mas
seguirá vinculado ao esporte bretão na comissão técnica do Manchester United.
Outro exemplo de
fidelidade, Jamie Carragher disputou 737 encontros com o uniforme do Liverpool
e 38 pelo selecionado inglês antes de se aposentar no dia 19 de maio.
Despediram-se ainda o sólido lateral direito Tomas Ujfalusi, de 35 anos e 78
jogos pela Repúlbica Tcheca, e o senegalês Omar Daf, que em 36 anos de vida
participou de 60 jogos pelo seu país e chegou às quartas de final da Copa do Mundo
da FIFA 2002.
Foto: Michael Steele / Getty Images
Zagueiros
Após uma última temporada
no Impact de Montreal, o elegante Alessandro Nesta resolveu pendurar as
chuteiras em outubro. O italiano de 37 anos brilhou com as camisas da Lazio e
do Milan e venceu o Mundial de 2006, quando disputou o seu 78º e derradeiro
compromisso com a Azzurra. Já o alemão Christoph Metzelder decidiu parar aos 32
anos por conta de uma série de contusões. Ele acumulou 47 jogos pela seleção da
Alemanha.
O capitão do FC Bayern München, Mark van Bommel. Foto: ©Getty Images
Volantes
O holandês Mark van Bommel
(36 anos e 79 partidas pela equipe nacional), o espanhol David Albelda (36 e
51, respectivamente), o inglês Kieron Dyer (34 e 33) e o australiano Jason
Culina (33 e 11) também se despediram dos gramados, assim como Gennaro Gattuso,
que foi campeão mundial com a Itália, cujo manto defendeu em 73 oportunidades.
Aos 35 anos, Gattuso foi prejudicado por problemas de visão e seguirá carreira
como técnico. O argentino Sebastián Battaglia, de 33 anos, conquistou 17
títulos em três décadas no Boca Juniors, além de ter participado de dez jogos
pela Argentina.
Foto: Frederic J. Brown. AFP
Meias
As lágrimas de David
Beckham no dia 18 de maio de 2013 rodaram o mundo. Antes de terminar a sua
brilhante trajetória esportiva no Paris Saint-Germain, o inglês de 38 anos —
provavelmente a maior celebridade da história do futebol — venceu inúmeros
torneios e prêmios individuais, com destaque para dez títulos de campeão
nacional com Manchester United (6), Real Madrid (1), Los Angeles Galaxy (2) e
PSG (1). Além disso, Beckham acumulou 115 jogos pela seleção inglesa, números
que fazem dele o segundo atleta mais convocado do país, atrás do goleiro Peter
Shilton (125).
Foto: Getty Images
O também inglês Paul
Scholes, de 39 anos, seguiu o mesmo caminho após 718 partidas pelo Manchester
United e 66 pela Inglaterra. Outro meia de criação que se despediu por conta
das contusões em série foi Deco. Brasileiro de nascimento, o jogador de 35 anos
vestiu a camisa de Portugal em 75 oportunidades e encerrou a carreira com dois
últimos títulos pelo Fluminense. Já o alemão Thomas Hitzlsperger foi obrigado a
se aposentar com apenas 31 anos, após 52 partidas pela Mannschaft.
Por sua vez, o ex-capitão
búlgaro Stilian Petrov precisou se despedir com 34 anos para travar o principal
combate da sua vida, contra uma leucemia. Ele disputou 116 jogos pela Bulgária.
No dia 11 de julho de 2013, após "a década mais importante" da sua
vida na Inter de Milão, Dejan Stankovic pôs um ponto final na sua trajetória
futebolística com 35 anos de idade, 40 partidas pela Iugoslávia, 21 pela Sérvia
e Montenegro e outras 42 pela Sérvia.
Michael Owen foi eleito pela
tradicional revista France Football o melhor jogador do mundo em 2001. Foto: gazetaesportiva.net
Atacantes
Michael Owen já foi
considerado o melhor atacante da história do futebol inglês. Contudo, após os
anos gloriosos no Liverpool e uma passagem apagada pelo Real Madrid, ele nunca
conseguiu recuperar o seu melhor nível na esteira de uma grave contusão. Owen
anunciou a sua aposentadoria no dia 19 de março, quando jogava no Stoke City,
tendo marcado 40 gols em 89 partidas pela Inglaterra.
O francês Louis Saha, que
disputou 20 jogos com os Bleus e teve uma carreira pontuada por lesões, tomou a
decisão de parar aos 34 anos, assim como o compatriota Ludovic Giuly, de 36,
que defendeu clubes como Lyon, Monaco, Barcelona, Roma e Paris Saint-Germain,
além de ter disputado 17 jogos pela França. Quem também se aposentou foi
Frédéric Kanouté, com 36 anos e 39 partidas com o selecionado do Mali.
Além de todos esses
craques, dois treinadores ilustres se retiraram dos gramados: Sir Alex
Ferguson, 71 anos, que conquistou todos os títulos possíveis em 27 temporadas à
frente do Manchester United, e o alemão Jupp Heynckes, de 68 anos, que se
despediu em grande estilo, vencendo a tríplice coroa com o Bayern de Munique.
Por fim, o futebol feminino, que ganha cada vez mais adeptos, se despediu da
francesa Sonia Bompastor, que acumulou 156 partidas pela seleção do seu país e trabalhou
durante 13 anos para popularizar a disciplina.
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