Fonte: cacellain.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva.
Salvador, BA (da redação itinerante do
Esporte Comunitário)
Edvaldo dos Santos, nascido
em São Francisco do Conde/Bahia, no dia 07/07/1949, é conhecido no mundo do
futebol como Baiaco. De origem humilde veio fazer um teste no Esporte Clube
Bahia no ano de 1967 ao lado do amigo Caetano, ao qual vinha bastante recomendado
por se tratar de ser a estrela da Seleção da Cidade de São Francisco do Conde.
Bem ao que se sabe Caetano
não emplacou, mas Baiaco de jeito simples e calado chamou a atenção dos
dirigentes pela forte marcação e fôlego de gato, terminou ficando ali nascia
uma união de 13 longos anos e muitos títulos. Em pouco tempo ele estava lá envergando
o manto azul, vermelho e branco e logo caiu no gosto da torcida pelo seu
futebol aguerrido, vibrante e incansável.
Baiaco não era nenhum
craque, seus passes não eram lá muitos bons, sua técnica limitada mais a raça
encarnada superava tudo, marcou e anulou grandes craques do futebol brasileiro
como: Ademir da Guia, Tostão, Rivelino, Gerson, Dirceu Lopes e até o Rei Pelé
sofria diante aquele carrapato, em 1988 em uma entrevista Pelé disse que Baiaco
e o italiano Trapattoni foram os seus melhores marcadores ao do também
ex-tricolor campeão brasileiro em 1959, Vicente Arenari que depois veio a jogar
pelo Palmeiras. Chegou a ser lembrado para a Seleção para a Copa de 1974,
recebeu propostas do Cruzeiro, Vasco da Gama, Botafogo/RJ que levou Perivaldo
em 1976. O Flamengo também tentou e terminou levando Dendê e Merica, Baiaco
tinha uma relação de amor eterno com o Bahia e ele nunca saiu, pouco sofria
contusões apesar de lutar em campo como se luta por um prato de comida, nesses
13 anos defendendo o Bahia fez pouco mais de 13 gols o mais importante deles na
virada sobre o Leônico que deu o hexacampeonato ao tricolor de aço.
O nosso grande Edvaldo dos
Santos também se notabilizou por ser também o grande campeão da Fonte Nova,
palco maior de suas grandes atuações, ninguém foi tantas vezes campeão no
Estádio Otávio Mangabeira, campeão baiano em 1967, 1970, 1971, 1973, 1974,
1975, 1976, 1977, 1978 e 1979, e do Torneio Inicio de 1979, apenas em 1970 o
campeonato foi jogado no Campo da Graça devido a ampliação da Fonte Nova.
Ao lado de Douglas, foi o
único atleta a participar de toda a campanha da conquista do inédito
Heptacampeonato Estadual (1973 – 1979). Também foi campeão do Torneio Luiz
Viana Filho na Reinauguração da Fonte Nova em 1971.
Recentemente em uma pesquisa
Baiaco foi eleito como o maior volante de todos os tempos do Bahia, eu que vi
além dele, vi Paulo Martins, Paulo Rodrigues, Helinho e Lima que tinha um
estilo parecido com o de Baiaco, votei nele e em Douglas e Bobô, em outra
pesquisa feita pela revista Placar em 1982, Baiaco aparece com expressa votação
de torcedores e jornalista esportivos.
Baiaco
Dizem muitas coisas feitas
de forma errada e abusiva até pelas direções do Bahia, na hora da renovação de
contrato de Baiaco, ele não ganhou dinheiro com o futebol, jogou mais pelo amor
ao esporte e ao Bahia, dizem que Sapatão e Douglas passaram ajuda-lo nas
renovações não se sabem ao certo se é verídico. Defendeu o Bahia até o ano de
1980 quando deixou o clube aos 34 anos de idade e um ano depois encerrou a
carreira defendendo o Leônico.
Time do Bahia: com Baiaco o n° 6 em pé da esquerda p/ direita, o seu lado Mérica o 5/ na foto), Fonte Nova década de 1970. Foto reproduzida do Jornal A Tarde.
Fontes: Textos Galdino Silva
Fotos : Fotoblog do BahÊÊÊÁ
Pesquisa: Livro Esporte
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