domingo, 30 de junho de 2013

Brasil e Espanha se encaram após 14 anos: ousadia ou toque de bola?

Por: Miro Palma. Fonte:Ibahia
Salvador, BA (da redação Itinerante do Esporte Comunitário)

Felipão trabalhou também para evitar badalação na Seleção, Foto: AFP
Final da Copa das confederações acontece neste domingo (30), às 19h, no Maracanã.

É o país do futebol diante da melhor seleção do mundo na atualidade. Não existe justificativa maior para ficar ligado no jogo entre Brasil e Espanha, neste domingo (30), às 19h, no Maracanã, no Rio. Dá para afirmar sem erro: a final da Copa das Confederações é o clássico do momento.

Antes de tudo, o duelo de logo mais ficará marcado por um encontro de diferentes estilos. O Brasil, com um time ainda em formação pelo técnico Luiz Felipe Scolari, aposta na habilidade e, principalmente, no brilho individual de jogadores como Neymar, Fred, Paulinho e Oscar, por exemplo.

Torcida. Foto: Jeferson Bernardes (VipComm)

A Espanha, por sua vez, valoriza a posse de bola, comum conceito de jogo que ficou conhecido como “tiki-taka”. Foi assim que os comandados de Vicente del Bosque conquistaram duas Eurocopas,
em 2008 e 2012, e a última Copa do Mundo, em 2010.

A simplicidade é o maior segredo do adversário. “A Espanha sofreu uma mudança de comportamento. Havia certo complexo de inferioridade em relação a outros países, mas isso desapareceu. Criamos um estilo que é seguido não só pela seleção principal, mas por todas as inferiores”, explica o treinador espanhol. O estilo da Fúria é fruto do toque de bola já conhecido do Barcelona, afinal, seis jogadores titulares da seleção atuam no clube da Catalunha: Piqué, Jordi Alba, Busquets, Xavi e Iniesta. Todos crias de Josep Guardiola que, no Barça, papou títulos como o bicampeonato mundial, triespanhol e bi da Liga dos Campeões.

E olha a ironia: o atual técnico do Bayern de Munique se inspirou no desenho tático das seleções brasileiras de antigamente. “O que tentamos fazer é passar a bola o mais rápido possível. De fato, isso é o que o Brasil fez em toda a sua vida, segundo contavam meus pais e avós”, disse Guardiola depois de massacrar o Santos de Neymar por 4x0, na final do Mundial de Clubes de 2011. O Brasil de 1982, eliminado precocemente pela Itália na Copa do Mundo, também serviu de inspiração. Falcão, Zico, Sócrates, Cerezo e Júnior, entre outros, encantaram o mundo da bola com trocas de passe difíceis de marcar.

Daniel Alves. Foto: Rafael Ribeiro (CBF)

CHEGOU A HORA
Essa será a primeira vez que Brasil e Espanha se encontram desde a ascensão da Fúria. O último jogo entre as duas equipes aconteceu em 1999 quando houve empate em 0x0, em Vigo. O embate de gigantes quase aconteceu na última Copa das Confederações, na África do Sul,em 2009. Mas essa mesma Espanha foi eliminada na semifinal pelos Estados Unidos. Dessa vez, a bola foi premiada. Para a Espanha, é a oportunidade de confirmar a ótima fase comum título sobre a seleção pentacampeã mundial. E o Brasil tenta se firmar após fiascos nas duas últimas Copas do Mundo e um período de turbulência após a demissão de Mano Menezes. “Foram as equipes que mereceram estar nessa final. Será uma partida muito bonita. Estamos conscientes de que, desde que somos campeões do mundo, é especial para qualquer equipe nos enfrentar”, afirma o goleiro e capitão da Espanha, Casillas.

Capitão brasileiro, Thiago Silva rebate com estilo. “São os atuais campeões do mundo e têm de exaltar também o trabalho do treinador. Mas final é final e tenho certeza de que também estaremos preparados”.

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